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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

"Se Divirta com os Cegos"

(Tempo Médio da Leitura - 1min e 30 segundos)

“ Eu nunca tive a oportunidade de ver, nasci cega. Se hoje a medicina desenvolvesse um método novo, uma cirurgia que me desse à visão, eu não faria. Prefiro ver o mundo do meu jeito. Minha mãe, meu pai e todas as outras coisas são da maneira que eu imagino, elas são todas bonitas e agradáveis”

“ Eu sou cega e se tivesse a oportunidade de ver ficaria com MUITO medo, pois temo que as coisas não sejam tão bonitas como eu imagino. A pessoa que esta cego a muito tempo ou nasceu cega não teme a cegueira e sim a visão”

Depoimentos de pessoas cegas relatados no documentário – “Sentidos a Flor da Pele”

(Textos adaptados, porque assisti a esse filme há umas 3 horas antes de escrever, por isso as palavras não são exatamente as usadas no documentário, mas nada foi acrescentado.)

Eu não deveria escrever mais nada, pois só esses relatos falam muito. Mas queria compartilhar o que pensei durante e depois do filme.

- Pensei: Cegos sem querer voltar a ver? MENTIRA, eles querem ser fortes demais pro meu gosto. Foi o que eu pensei quando o primeiro deficiente visual falou que não queria a visão de volta. Mas o segundo, com o sorriso no rosto, também expressou essa estranha vontade e o terceiro reafirmou, ate que eles me convenceram a esta idéia louca.

Convenceram-me porque falavam felizes, apesar de ser um documentário sobre cegos foi um dos documentários mais alegres e surpreendente que já assisti.

- Sempre pensei assim: Se existe uma pessoa que aparenta pena e tristeza é um ceguinho, ele vive no escuro o tempo todo.

Pensava assim antes de ver este documentário. Não é verdade essa afirmação, eles colorem o mundo. Tudo tem forma e cores na imaginação. ”O escuro” é só pra quem abre os olhos, eles imaginam e formulam tudo com o coração e a mente.

Não relato esta experiência para fazer paralelo com cegueira espiritual ou cegueira política.

A moral da historia pra mim é a partir de hoje começar a falar com os cegos na rua. Parar os deficientes visuais e tirar uma brincadeira arrancando um sorriso deles. Fazer amizade com cegos que estudam na faculdade(escola) (imagina eles conhecerem a gente pela voz, e ditar como é a nossa aparência no imaginário?). Quero saber como são os carros e as mulheres na visão deles... sei lá, deve ser uma viagem conversar com eles e saber que alguns são mais felizes do que a gente que pode ver.



B.j

domingo, 4 de outubro de 2009

"Filhos de Jó"

Tempo Médio da Leitura - 1 min e 30 segundos


Ele perdeu tudo. Vagando pelas ruas, comia de tudo. Vivia de esmolas e insultos de porta em porta. Sem amigos, sem família, sem alegria. Para piorar sua situação, estava viciado em drogas e no homossexualismo.

Sem estudo, sem teto, sem dignidade!

esperança para essa alma?
Será que neste estagio de sua vida ele estará condenado a viver assim o resto de seus dias?
Será que a sua situação deplorável tem um culpado, ele mesmo e ninguém pode ajuda-lo?

Essas foram perguntas que vieram à minha cabeça quando tentei ajudar esta pessoa. Li vários livros e não cheia as respostas. achei as respostas quando comecei a tentar ajuda-lo, ele me respondeu todas.

Percebi que não era eu que desacreditava em sua recuperação, ele também não acreditava. Mas iniciamos o processo de reestruturação.
Iniciamos internando-o em uma casa de recuperação para dependentes quimicos. Foi onde tudo começou. E em apenas três meses fui visita-lo e tive uma surpresa. Aquele rapaz tinha retomado a esperança pela vida e recitou um versículo da bíblia.
"Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor. Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos".

Após o tempo de desentoxicação, começou a trabalhar como cozinheiro e morar numa casa em que pessoas de uma igreja ajudavam a pagar. Mas com o tempo a sua mãe, tias, primos, a familia em geral abraçaram ele novamente, como um filho que estava perdido e foi achado. Hoje ele mora com a familia e tem sua independencia financeira e sua diginidade de volta.

Depois revelou que ja tinha trabalhado num grande restaurante da cidade e tinha uma vida social normal antes de conhecer as drogas e a rua.
Descobri que estas pessoas que vivem nas ruas e pelas praças estão muito mais próximas de nós do que imaginamos.

Hoje esta pessoa trabalha, não mora mais nas ruas a três anos. Ajuda a sua familia financeiramente, tem varios amigos, pois faz parte de uma comunidade (igreja). E é uma pessoa normal e muito divertida que adora presentiar as pessoas, e não sai sem o gel no cabelo...hehe.

A recuperação continua para ele, mas existem varias pessoas esperando por nós, varios filhos de Jó que nunca perdem a esperança do amanhã ser melhor!!
"Porque para o mundo você é apenas uma pessoa, mas para uma pessoa você pode ser o mundo".



B.j